ALIMENTAÇÃO
CORRETA AJUDA A PRESERVAR A MEMÓRIA E O APRENDIZADO
Para
se conseguir evitar a deterioração do cérebro e da memória uma das estratégias
é ter uma alimentação saudável.
A dieta do Mediterrâneo, que basicamente consiste em consumir peixes de
águas frias, frutas frescas e azeite de oliva “in natura” tiveram um declínio das funções cognitivas
significativamente menor
quando comparados com pessoas que consumiam outras dietas, conforme
neurologista André Felício.
A
dieta Mediterrânea pode reduzir os riscos de os indivíduos virem a sofrer de
problemas de memória com o passar do tempo mas os adeptos da dieta Mediterrânea
foram 19% propensos a desenvolver problemas em suas habilidades de memória e
raciocínio do que pessoas que não comem estes alimentos acima citados.
A
presença do Ômega3 (ácido graxo poli-insaturado) adquirido por meio da
alimentação que é precursor do ácido
docosa-hexaenóico (DHA).
O
DHA (ácido graxo ômega3)
participa na manutenção do sistema nervoso e na constituição dos neurônios
(células responsáveis pela transmissões de informações no cérebro).
No
envelhecimento do indivíduo, há um aumento do estresse oxidativo que atua
reduzindo os níveis do DHA
no cérebro, essa diminuição do ácido graxo contribuem para as doenças como
Alzheimer, Parkinson e esclerose lateral amiotrófica.
O
DHA pode ajudar na memória
porque é o ácido um dos maiores constituintes do tecido nervoso por isso a
suplementação do óleo de peixe para os vegetarianos.
A
lecitina de soja é um
alimento que tem por destaque fonte de fosfolipídios: o fosfatidilcolina, o
fosfatidiletanolamina, o fosfatilinozitol e os fosfatidilcerina.
A
fosfatidilcerina é encontrada em grande quantidade nas células do cérebro,
pois essa substância melhora as funções cognitivas, como o aprendizado, a memória,
a atenção e o raciocínio afirmam os cientistas.
A
vitamina do complexo B
que participa da formação da acetilcolina é um neurotransmissor (mensageiro
do cérebro).
Os
suplementos naturais: o
óleo de peixe, óleo de coco, a lecitina de soja, vitaminas, ômega3 têm um
potencial de melhorar as conexões nervosas.
A
vitamina D (que é
o sol) auxilia na regeneração dos neurônios e regula a fixação do cálcio
em receptores importantes para a formação da memória. Exemplo de fontes: óleo
de fígado de bacalhau, peixes e leite fortificado.
O QUE
EVITAR:
Gorduras
saturadas, açúcar e carne vermelha em excesso e o consumo de álcool são vilões
da memória.
Esses
itens acima podem levar a dislipidemia (aumento do colesterol e triglicérides),
obesidade, diabetes e um significativo aumento do risco de acidentes vasculares
encefálicos, além de acelerarem o envelhecimento porque criam um ambiente tóxico
para o tecido nervoso.
Os
alimentos industrializados podem acelerar a perda da memória porque causam um
processo inflamatório, afetando o funcionamento das células nervosas.
O
consumo exagerado de açúcar, através de alimentos ricos em carboidratos
simples (de fácil absorção) agridem as células cerebrais porque elevam
rapidamente a produção de insulina.
A
carne vermelha ajuda a memória, mas seu consumo excessivo pode estimular a
produção de substâncias tóxicas para os neurônios, até leva-los a morte e
prejudicando a formação de novas células cerebrais.
Uma
alimentação equilibrada, composta por nutrientes que atuam no bom
funcionamento cerebral, associada à prática de atividade física, com certeza
ajudará positivamente na memória, na concentração e na prevenção de doenças
degenerativas progressivas do cérebro. Deve-se levar em conta os aspectos genéticos
de cada indivíduo.
Idosos
As
doenças neurodegenerativas (que é a destruição progressiva irreversível de
neurônios) ocorrem normalmente idosos acima dos 65 anos.
Mas
existem outras causas tratáveis como o hipotireoidismo descompensado, hematoma
subdural, deficiência multivitamínica, entre outras.
Nem
sempre a perda de memória pode significar mal de Alzheimer, embora a doença
seja a principal causa da perda da memória é preciso uma cuidadosa avaliação
médica. Nos mais jovens devem ser pesquisados transtornos do déficit de atenção
e hiperatividade, transtorno de ansiedade e depressão.
Quando
a perda de memória interfere nas atividades cotidianas e é percebida como um
problema pelos seus familiares e amigos próximos ou pelo próprio paciente, é
fundamental procurar ajuda médica.
Muitos
procuram auxílio antes disso e nesse momento o médico tem uma função
especial de esclarecer e orientar.